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Como desenvolver diferentes gerações no ambiente de trabalho?

Há muitas estratégias que podem ser implementadas para dialogar com os diversos grupos da organização, mas sobretudo, é fundamental privilegiar a colaboração entre as pessoas e fortalecer os processos de aprendizagem e desenvolvimento

O ambiente de trabalho tem um novo cenário, grandes desafios e muitas oportunidades. Repleto de pessoas de diversas gerações, o objetivo organizacional é um só, a sustentabilidade da empresa. Porém, a jornada para alcançar resultados positivos e duradouros, é desafiadora. Nesse sentido, surge a questão: Como desenvolver uma equipe composta por pessoas com necessidades, perfis, expectativas, experiências e crenças diferentes, ou seja, pessoas de gerações distintas?

O ponto de partida é compreender as particularidades de cada grupo e identificar de que forma podem contribuir no desempenho da organização. Vamos lá!

A geração Baby Boomers, nascidos entre 1945 até o início dos anos 60, tem como principal característica a estabilidade. Preferem ser reconhecidos pela experiência e, nesse sentido, podem favorecer a sustentação da cultura organizacional, quando valorizam e preservam a história e os valores da empresa como fatores que contribuem para a essência da organização, como elo para pessoas de outras gerações, possibilitando fomentar, inclusive, a evolução profissional.

Já a Geração X, nascidos entre 1960 até o final de 1970, se destaca no comprometimento e na linearidade. Esse grupo permite mais solidez aos processos organizacionais sem renunciar à possibilidade de mudança. No coletivo, contribuem para potencializar processos mais bem definidos e que ajudem a identificar o que deve ser mantido, o que pode ser descartado e o que requer melhorias e mudanças, dando espaço ao novo.

As pessoas da Geração Y, de 1980 até o início dos anos 90, são questionadoras e guiadas por uma visão mais imediatista, o que as permite almejar posições no mercado de trabalho de forma mais flexível e ágil. Isso faz com que muitas já ocupem cargos de liderança e tenham sob sua gestão pessoas da geração anterior. Essa caraterística irrequieta e mais imediatista, dentro de um contexto organizacional, pode ser utilizada como fomentador para refletir sobre a atuação da empresa e alavancar sua competitividade no mercado.

Por fim, a Geração Z, do início dos anos 90 até o momento atual, nasceu em meio à tecnologia e não acredita que deve permanecer no mesmo emprego por toda a vida, preferindo atuar em home office, por exemplo. Essa geração traz em seu DNA a naturalidade do mundo digital, num contexto em que as transformações tecnológicas precisam acontecer da noite para o dia, ter profissionais com essas características ajuda a impulsionar e a naturalizar as mudanças necessárias.

A partir da identificação das gerações, suas particularidades e de que forma podem ser potencializadas, é importante que a empresa analise os objetivos e as metas que quer alcançar, levando em consideração o perfil das pessoas que compõem seu quadro de colaboradores, e que estabeleça uma estratégia de como melhor aproveitar essas diferenças para sua competitividade.

Há muitas estratégias que podem ser implementadas para dialogar com os diversos grupos da organização, mas sobretudo, é fundamental privilegiar a colaboração entre as pessoas e fortalecer os processos de aprendizagem e desenvolvimento. E quanto mais a empresa consegue colocar todos na perspectiva de um mesmo contexto, mais proveitosa e natural será a inclusão.

Nesse cenário, ter um líder que articule e fomente essas iniciativas, certamente gerará o diferencial competitivo que a empresa busca, e ainda contribuirá para uma gestão mais humanizada e inclusiva, que respeite as diferenças, sem deixar de cumprir seu papel como elo no alinhamento das pessoas aos propósitos da instituição, dando clareza as metas e objetivos, bem como fortalecendo a missão e visão que a empresa persegue.

A instituição precisa estar sempre atenta às necessidades, desejos e interesses dos seus funcionários. Independentemente de qual geração as pessoas fazem parte, o que elas desejam é serem ouvidas, se sentirem pertencentes, reconhecidas e saberem que o erro faz parte do processo.

Como gestores, nos cabe compreender as mudanças do mundo, sua velocidade e possibilitar que o ambiente de trabalho, além de ser alicerçado em bases de respeito e confiança, seja também um espaço acolhedor, dinâmico e que possibilite o desenvolvimento de uma cultura de aprendizagem, inovação e criatividade.