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O que os CEOs estão aprendendo com a Covid-19

A possibilidade de prorrogar a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados para maio de 2021 não deve flexibilizar a dedicação das empresas na adequação à lei

Desde o início da pandemia do Coronavírus, as empresas estão passando por muitas mudanças e adaptações no seu trabalho, com isso, muitas medidas, nunca antes praticadas, foram tomadas para manter o desempenho e atividade das empresas. Separamos abaixo, lições que 10 CEOs estão aprendendo com o atual cenário.

Juliano Primavesi


Para Juliano Primavesi, CEO da KingHost, empresa de soluções digitais para profissionais de tecnologia e empreendedores, a estabilidade não faz parte do contexto de quem empreende. Cenários adversos, como o atual, são momentos de aprendizado acelerado e que colocam em evidência características que desenvolvemos ao gerir negócios, como adaptabilidade e resiliência. Quando, acima de tudo, o timming não pode ser perdido, eles colocam seus valores essenciais para guiar as decisões. Para a KingHost, isso significa manter as pessoas no centro, liderando pelo exemplo, priorizando formatos de colaboração, trabalhando com ciclos curtos de avaliação-planejamento-ação e adaptando o que é preciso. Assim, é possível manter as práticas que importam a todos, como comunicação transparente e frequente, integridade nas relações, benefícios voltados ao bem-estar e buscando oportunidades de convergência com nosso propósito de simplificar o uso da tecnologia para cultivar parcerias incríveis.

Daniel Scandian


Não se deixar tornar refém daquilo que não se pode controlar, não especular e tentar ao máximo manter a segurança e bem estar do time. Essas são as maiores lições que o momento de isolamento social e a Covid-19 ensinaram Daniel Scandian, CEO da MadeiraMadeira, nos últimos dias. O CEO, que aprendeu com o automobilismo a lidar com as frustrações e enfrentou diversos desafios ao longos dos 10 anos à frente da maior plataforma de produtos para casa do Brasil, traz como premissa a transparência e a resiliência, acreditando que é necessário traçar novas estratégias para diferentes cenários, e principalmente ter calma para atravessar momentos como este.

Maurício Feldman


O CEO da Volanty, explica que desde o início sua preocupação foi manter a segurança do time e dos clientes. Por isso, iniciar o trabalho em regime home office foi a melhor opção para aqueles que dividiam os espaços dos escritórios de RJ e SP. Para viabilizar a segurança dos colaboradores que atuam nos Centros de Atendimento Volanty, a solução foi criar uma operação de vendas online, garantindo que os clientes fossem atendidos com segurança e mantendo os cuidados definidos para o time.

Vitor Torres


O fundador e CEO da Contabilizei, maior escritório de contabilidade do país e o pioneiro em oferecer os serviços de forma online, propõe que cada um reflita sobre o que estava fazendo antes do Covid e se este propósito está alinhado com a sua verdade. Questionamentos como: “Quem eu era antes dessa pandemia?; Como faço para dar o melhor de mim neste momento? Daqui há 3 anos, como vou lembrar desse momento? Vou ter orgulho da pessoa que eu fui no momento mais crítico que nossa geração terá vivido? “, são alguns dos questionamentos que ele orienta de serem feitos. Para Vitor, é preciso enfrentar o fato de que nem tudo está sob o nosso controle e buscar por coisas e pessoas que nos inspiram, é um exercício que necessita ser feito diariamente para a construção de novos hábitos e reflexão sobre a rotina. Como líder da companhia, reforça que estar inspirado para poder inspirar os outros é um dos pontos que dá força para superação.

Marcelo França


De acordo com o CEO do Celcoin, startup que fornece infraestrutura de serviços financeiros para microempreendedores e outras 80 fintechs, transformar a operação da noite para o dia para que todos os colaboradores da fintech pudessem trabalhar de suas casas foi viável devido ao alicerce tecnológico constituído desde sua fundação em 2016. Contudo, ele ressalta ”ainda que os gestores e equipes consigam emplacar bons resultados e alta produtividade no modelo home-office, estamos focados em ir além desses desafios porque a criatividade e inovação se fazem ainda mais necessárias neste cenário. Fazemos reuniões constantes de alinhamento por videoconferência para que o processo criativo e o contato frequente dos recursos humanos do Celcoin não se percam e nem se desconectem. Em tempos de crise, equipes sinérgicas são o maior combustível para uma empresa e prezar pela comunicação integrada em uma fintech nunca foi tão fundamental. Daqui para frente, valorizaremos cada vez mais o team work e essa é uma lição muito valiosa de liderança que estamos vivenciando.

Lívia Rigueiral

Para a cofundadora e CEO do Homer, startup que conecta corretores imobiliários de todo país, a pandemia reforçou a necessidade de modernização e remodelagem dos profissionais. “Com as conexões que a plataforma gera, trabalhar remoto ficou muito mais fácil. Pois, o corretor imobiliário pode encontrar opções mais assertivas para seus clientes, realizar parcerias e posteriormente até fazer um tour virtual, com o auxílio de plataformas digitais, como o Homer, que tem o DNA tecnológico voltado para a conexão a distância. O momento mostrou que o mercado tem empresas com soluções de negócios, mas que ainda sim os profissionais precisam aceitar e entender a importância das transformações. Os corretores, que antes apresentavam resistência às novas tecnologias, agora entenderam que essa é uma forma de crescer e encontrar alternativas para o setor.”

Alex Frachetta


Para o CEO de Apto, plataforma que conecta possíveis compradores de imóveis novos a construtoras e empreendimentos, o principal aprendizado têm sido levar a máxima de que a empresa que tem caixa é rei, até mesmo quando incertezas não estão de nenhuma forma à vista. Além disso, ele aprendeu a alterar rapidamente, em uma semana, as atividades e planos do dia a dia, como postergar alguns projetos comerciais por um mês. Outro ponto importante é que, segundo Alex, Apto está utilizando esses dias para capacitar ainda mais a equipe, já que a receptividade de clientes pode mudar nos próximos meses.

Francisco Ferreira


Gerenciar uma startup em um momento de pandemia global nunca passou pela minha cabeça. É uma experiência totalmente nova e os desafios são diários. Tive que me acostumar a trabalhar com o time distante, sem perder a produtividade. A principal adaptação foi mudar completamente as prioridades”, explica Francisco Ferreira, sócio-fundador da BizCapita, fintech que concede empréstimos para pequenas e médias empresas. Ele também conta que, nesse período, aprendeu muito sobre economia, políticas públicas e medidas do governo. “Passo o dia inteiro lendo sobre as mais diferentes fontes e tentando encontrar as melhores alternativas para a empresa”, finaliza.

Marcelo Souza

Para o CEO da Indústria Fox, pioneira em reciclagem com base na captação de gases no Brasil, o momento é de se reinventar. Como tudo ainda é instável e não há muita clareza sobre como serão os próximos dias ou meses, a empresa se adaptou rapidamente diante da situação e em uma gestão de crise assertiva decidiu investir no e-commerce da sua loja física, a Tudo Bônus, que vende produtos de linha branca remanufaturados. “Vimos nisso tudo uma oportunidade de falar diretamente com as pessoas e impulsionar as vendas. Estamos conseguindo fazer o sistema de entrega funcionar normalmente, mesmo nesse período. Temos registrado zero de recusa nas nossas vendas”, conta o CEO. Para Marcelo, assim como para muitos outros empresários, o novo desafio bateu à porta repentinamente, mas a criatividade, a mudança de mindset e as novas possibilidades para o negócio foram essenciais neste momento. “Precisamos nos reinventar e vimos que isso foi positivo, nos sinalizou novos caminhos e agregou valor para o que somos enquanto empresa e como pessoas”, finaliza.

Danilo Martins


Para o CEO da Yesfurbe, plataforma de compra e venda de smartphones refabricados, o momento trouxe maior aproximação com o colaborador de forma imediata. Cada um está conhecendo melhor seus pontos mais vulneráveis individualmente e, como empresa, passaram a descobrir como ajudá-los. O home office se tornou uma possibilidade muito viável e com continuidade de produtividade. Com isso, garantiram a entrega e a qualidade dos serviços. Diferente de outros segmentos, perceberam que o mercado não estava preparado para uma pausa como essa. “Notamos que o nosso reforço nos estoques, feito semanas antes, foi fundamental para manter a nossa estratégia de venda. Estamos assistindo e dando suporte aos nossos colaboradores em home office e pensando como isso pode ser aplicado no dia a dia, quando tudo voltar ao normal, de uma forma mais próxima e acolhedora. Ainda, nossos parceiros e fornecedores menores estão recebendo atendimento prioritário quanto aos pagamentos. Entretanto, é tempo de olhar para o futuro e perceber que algumas estruturas não estavam tão sólidas quanto nós imaginávamos, por isso um novo planejamento de empresa será fundamental para os próximos meses”.

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