Bem vindo ao site de contabilidade da RKF Contábil

Área do Cliente

Área do administrador

Desafios da liderança em tempos de home office

De modo geral, todo líder sempre enfrenta desafios nas suas atribuições de trabalho. A verdade é que liderar exige uma série de competências técnicas e comportamentais que não são nada fáceis de se desenvolver, manter e equilibrar.

De modo geral, todo líder sempre enfrenta desafios nas suas atribuições de trabalho. A verdade é que liderar exige uma série de competências técnicas e comportamentais que não são nada fáceis de se desenvolver, manter e equilibrar.

Nos últimos meses, entretanto, diante da recente pandemia enfrentada pelo mundo, líderes de todos os países se depararam com o desafio inesperado de liderar suas equipes à distância, mesmo nos casos em que não existiam as condições e estruturas necessárias para isso. Embora saibamos que milhares de empresas já tinham por hábito o trabalho de funcionários em home office antes do Covid-19, por razões e vantagens inúmeras, a possibilidade de trabalhar remotamente tornou-se quase mandatória nesta nova condição global. Em parte, por conta da necessidade de se manter a saúde dos funcionários através do isolamento social e em parte, por necessidade de se manter a saúde das empresas, impedindo a “morte” de muitas delas por colapso econômico.

E com a chegada desta nova realidade imposta pelo vírus, é possível se perceber a importância da boa condução das lideranças perante suas equipes. Mais do que nunca a capacidade para engajar, motivar, gerenciar e treinar de forma criativa tem sido essencial. Mesmo que as circunstâncias que cada empresa e equipe enfrentam sejam únicas, algumas ações e cuidados são esperados em qualquer bom líder no momento.

Considerando que as condições físicas de trabalho remoto estejam garantidas, um dos primeiros aspectos a se considerar é o novo modelo de comunicação estabelecido. Pessoas que estão acostumadas a trabalhar podendo acessar a liderança e os co-workers presencialmente, podem estranhar as limitações que o trabalho à distância inflige. Por isso, estabelecer a forma como as pessoas poderão acessar umas às outras e ao próprio “capitão” do time, faz toda a diferença. De quanto em quanto tempo se reunirão, usando que tipo de dispositivo e aplicativo, por quantos minutos, tudo isso precisa ser combinado e comunicado. Dessa forma, todos se sentirão seguros e não desenvolverão a ansiedade que pode, por consequência, trazer bloqueios produtivos. Deve-se também oportunizar, conforme as necessidades particulares, o atendimento de alguns individualmente. Conhecer os elementos de sua equipe vai ajudar o líder a estabelecer tais prioridades. A comunicação com a equipe deve ser estruturada, objetiva e o mais transparente possível.

Além disso, as atuais circunstâncias exigem também feedbacks mais frequentes. Como tudo está muito diferente e o trabalho sofreu alterações não necessariamente desejadas, estar alinhado à estratégia nunca foi tão importante. Por isso, cada colaborador deve ter maior consciência desse planejamento e receber retornos frequentes de como ele está ou não se aproximando do alvo da equipe. Para tanto, o líder precisa estar totalmente ciente do planejamento estratégico, ser o mais transparente possível na comunicação dessa estratégia para a equipe, conduzir todos para alcançá-la e acompanhar a performance de cada um. Indicadores de desempenho podem ajudar muito para que essa tarefa seja realizada com eficiência. Assim, qualquer desvio ou ajuste necessário para o bom andamento do plano serão rapidamente colocados em prática por todos.

Por último, mas não menos importante, nunca foi tão primordial que os condutores dos times aprendam o valor do elogio sincero. Num momento de grande tensão coletiva, reconhecer pequenos feitos, e mais ainda as grandes contribuições, pode ter um efeito motivador e acalentador muito positivo. Receber um feedback inesperado por um acerto ou mesmo por uma boa atitude inusitada, certamente resultará em um “distensionamento” do colaborador e facilitará o engajamento nos processos. Um reforço positivo que levará os funcionários a se motivar mais e a continuar contribuindo com o “espirito coletivo”.

Cada vez mais as pessoas trabalham por motivos que vão além dos recursos e ganhos financeiros. Pessoas precisam encontrar um propósito em seus ofícios, precisam entender que o trabalho é algo que faz sentido em suas vidas. Por isso, valorizar as pessoas, despertar o seu melhor lado, oportunizar crescimento e desenvolvimento de competências alinhados com a razão de ser de cada um e persistir fazendo isso em tempos de crise vai distinguir os lideres servos daqueles que apenas são chefes disfarçados com máscaras de liderança. Afinal, em tempos de crise é que conseguirmos separar o “joio do trigo”. E nos processos de liderança não é diferente.